terça-feira, 11 de outubro de 2011

Capitalismo Verde


Revista da Rede Brasil aborda também temas como Rio+20, fundo verde e Pré-sal
Da Rede Brasil com edição do site Plataforma BNDES
O sistema financeiro e outros mecanismos do capitalismo verde podem ser solução para a crise climática? Na terceira edição da revista Contra Corrente, lançada este mês pela Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, a resposta certa ainda está em debate. O tema, no entanto, avança rápido sobre os territórios, nos gabinetes governamentais e nas corporações. O risco é que seja regulamentado sem uma ampla discussão com a sociedade e antes mesmo das definições internacionais. 
Nesse sentido, junto com o lançamento da revista, a Rede Brasil realizou na última semana na capital do Acre, Rio Branco, a oficina “Serviços Ambientais, Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD) e Fundos Verdes do BNDES: Salvação da Amazônia ou Armadilha do Capitalismo Verde?”,  
No evento, foram debatidos temas como a participação contraditória dos bancos públicos. De acordo com um dos diretores do Instituto Mais Democracia e membro do grupo operativo da Plataforma BNDES, João Roberto, esses bancos vêm se capitalizando com a financeirização da natureza. Ele afirmou que “na lógica do ganha-ganha, o BNDES financia a destruição da Amazônia com bilhões para projetos como Belo Monte, e, ao mesmo tempo, gerencia fundos de alguns milhões para atividades de preservação (...)”. 
O seringueiro da Reserva Extrativista Chico Mendes, Osmarino Amâncio, concorda com a disparidade nos valores e intenções. Para ele as bolsas verdes incorporadas nas políticas estadual e nacional são uma “pochete miséria”. “As populações tradicionais (...) recebem 100 reais por mês para não mais fazer seu roçado de subsistência, que estaria ‘degradando’ o meio ambiente. Por outro lado, no estado do Acre há 1 milhão de hectares concedidos para manejo florestal madeireiro ‘sustentável’ em áreas de reserva, onde estas comunidades vivem”, critica.
No final da oficina, os participantes produziram uma carta, em que denunciam irregularidades em iniciativas consideradas  referência para os partidários das soluções financeiras para o desenvolvimento sustentável. 
Para ler a carta da oficina do Acre, clique aqui
Faça aqui o download da terceira edição da revista Contra Corrente ou acesse pelo endereço: http://issuu.com/guilhermeresende/docs/contracorrente3/1



FONTE : 
http://ht.ly/6UfEL

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